quinta-feira, dezembro 20, 2007

Vamos trabalhar!

Neste período espero que Os Lusíadas encontrem a Mensagem do Felizmente Há Luar

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Estrutura do teste de avaliação

Grupo I - 120 pontos;
Grupo II - 40 pontos;
Grupo III –: 40 pontos.

GRUPO I
1. Um texto poético (não analisado na aula) de um dos heterónimo pessoanos estudados:
1.1. Perguntas de interpretação
A) Explicação de sentidos textuais;
B) Identificação dos sentimentos ou pensamentos expressos pelo sujeito poético.
C) Identificação das seguintes figuras de estilo: metáfora, personificação, antítese, hipérbole, repetição, pergunta retórica, hipálage, sinestesia enumeração, comparação. (justificando o seu valor expressivo).
D) Noções de versificação (métrica, tipologia estrófica e rimática);

2. Características temáticas e estilísticas dos heterónimos de Fernando Pessoa e do ortónimo.

Grupo II

1. Texto
1.1. Questões sobre funcionamento da língua: análise frásica ( frase simples/frase complexa; frase finita/frase não finita; coordenação/subordinação).
1.2. Exercício de coesão e coerência textual através de exercícios de substituição.

GRUPO III

  • Produção de um texto expositivo-argumentativo ou de um comentário, de acordo com as directrizes apresentadas.
  • É obrigatória a apresentação de um plano-guia.

Nota Bem: O prometido é devido... Mais vale tarde que nunca...Depressa e bem não há quem...

quinta-feira, novembro 29, 2007

Apontamento - Alvaro de Campos




A criada, o vaso partido, os deuses, cacos, asneira, impossivel

terça-feira, novembro 27, 2007

Proposta de teste - Alberto Caeiro

XLVI
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Deste modo ou daquele modo.
Conforme calha ou não calha.
Podendo às vezes dizer o que penso,
E outras vezes dizendo-o mal e com misturas,
Vou escrevendo os meus versos sem querer,
Como se escrever não fosse uma coisa feita de gestos,
Como se escrever fosse uma coisa que me acontecesse
Como dar-me o sol de fora.
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Procuro dizer o que sinto
Sem pensar em que o sinto.
Procuro encostar as palavras à ideia
E não precisar dum corredor
Do pensamento para as palavras
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Nem sempre consigo sentir o que sei que devo sentir.
O meu pensamento só muito devagar atravessa o rio a nado
Porque lhe pesa o fato que os homens o fizeram usar.
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Procuro despir-me do que aprendi,
Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram,
E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos,
Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras,
Desembrulhar-me e ser eu, não Alberto Caeiro,
Mas um animal humano que a Natureza produziu.
.
E assim escrevo, querendo sentir a Natureza, nem sequer como um homem,
Mas como quem sente a Natureza, e mais nada.
E assim escrevo, ora bem ora mal,
Ora acertando com o que quero dizer ora errando,
Caindo aqui, levantando-me acolá,
Mas indo sempre no meu caminho como um cego teimoso.
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Ainda assim, sou alguém.
Sou o Descobridor da Natureza.
Sou o Argonauta das sensações verdadeiras.
Trago ao Universo um novo Universo
Porque trago ao Universo ele-próprio.
..
Isto sinto e isto escrevo
Perfeitamente sabedor e sem que não veja
Que são cinco horas do amanhecer
E que o sol, que ainda não mostrou a cabeça
Por cima do muro do horizonte,
Ainda assim já se lhe vêem as pontas dos dedos
Agarrando o cimo do muro
Do horizonte cheio de montes baixos.
...........................................................Alberto Caeiro
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Grupo I
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1. De entre as afirmações seguintes, identifique aquela que completa a frase, de acordo com o poema.
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1.1. O texto propõe uma arte poética. De acordo com o sujeito poético, escrever é
a) apresentar o resultado da experiência das sensações.
b) um acto espontâneo e natural.
c) aprender pela sensação os segredos da Natureza.
d) um esforço consciente para a transmissão das ideias.
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1.2. Quando o sujeito poético afirma "Nem sempre consigo sentir o que sei que devo sentir. / O meu pensamento só muito devagar atravessa o rio a nado / Porque lhe pesa o fato que os homens o fizeram usar" (vv. 14-16), isto significa que
a) o pensamento é dificultado pelas dúvidas humanas.
b) o pensamento não consegue processar a sensação.
c) o convencional inibe a fruição plena do real pelos sentidos.
d) o sujeito poético lentamente supera as inquietações metafísicas.
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2. Explique em que medida o contacto com os homens é um obstáculo à produção do sujeito poético.
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3. Clarifique o sentido do último verso da quinta estrofe.
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4. Justifique a referência final ao sol, ao horizonte e aos montes.
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5. Refira, apresentando uma fundamentação adequada, em que medida este poema utiliza uma
linguagem característica da poesia de Alberto Caeiro.
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Grupo III
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Partindo da análise das duas imagens, escreva uma reflexão sobre a vida nas grandes cidades. Redija um texto bem estruturado entre duzentas e trezentas palavras.
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In Exames Resolvidos de Português, Porto Editora (adaptação)
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Proposta de teste - Álvaro de Campos

Apontamento
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A minha alma partiu-se como um vaso vazio.
Caiu pela escada excessivamente abaixo.
Caiu das mãos da criada descuidada.
Caiu, fez-se em mais pedaços do que havia loiça no vaso.
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Asneira? Impossível? Sei lá!
Tenho mais sensações do que tinha quando me sentia eu.
Sou um espalhamento de cacos sobre um capacho por sacudir.
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Fiz barulho na queda como um vaso que se partia.
Os deuses que há debruçam-se do parapeito da escada.
E fitam os cacos que a criada deles fez de mim.
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Não se zanguem com ela.
São tolerantes com ela.
O que era eu um vaso vazio?
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Olham os cacos absurdamente conscientes,
Mas conscientes de si mesmos, não conscientes deles.
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Olham e sorriem.
Sorriem tolerantes à criada involuntária.
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Alastra a grande escadaria atapetada de estrelas.
Um caco brilha, virado do exterior lustroso, entre os astros.
A minha obra? A minha alma principal? A minha vida?
Um caco.
E os deuses olham-no especialmente, pois não sabem por que ficou ali.

......................................................................Álvaro de Campos, 1929


1. Explicite o valor do título, relacionando-o com o conteúdo do poema.
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2. Refira-se à importância da comparação inicial do poema.
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3. Identifique a imagem que o sujeito poético dá de si mesmo, justificando a sua resposta com elementos textuais.
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4. Aponte o carácter evolutivo do comportamento dos deuses, justificando a sua resposta.
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5. Explique a simbologia dos cacos, no contexto global do poema.
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Grupo II
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"Sir David Attenborough, o célebre apresentador de documentários sobre vida selvagem, é certamente uma das pessoas que mais viajou em todo o planeta.
Com mais de 50 anos de carreira televisiva, o seu trabalho em diversos pontos do globo (do Pólo Norte ao Pólo Sul, percorrendo o continente africano ou o sueste asiático) valeu-lhe prémios da lnternational Documentary Association e da Royal Television Society. Em 1985, foi ainda nomeado cavaleiro e, em Abril deste ano, distinguido com a Ordem de Mérito pela rainha Isabel II.
Formado em Ciências Naturais pela Universidade de Cambridge, o londrino David Frederick Attenborough esteve, durante dois anos, ao serviço da Royal Navy britânica antes de, em 1952, começar a trabalhar na BBC. Dois anos depois, iniciou a sua viagem pelos programas sobre História Natural, ao apresentar Zoo Quest - série que, ao longo de dez anos, permitiu à Unidade de História Natural da BBC estabelecer uma reputação internacional. Em 1965, Attenborough tornou-se administrador do canal BBC2 e acompanhou a introdução da televisão a cores na Grã-Bretanha. Quatro anos mais tarde, foi nomeado director de programas dos dois canais da BBC, cargo que renunciou em 1973 para regressar aos seus programas televisivos. "Eu ainda não vi as Ilhas Galápagos", justificou na época. Pouco depois, Attenborough escreveu e apresentou um dos seus programas mais populares, Life on Earth (1979), que foi visto por aproximadamente 500 milhões de pessoas em todo o mundo. Considerada a primeira parte de uma trilogia que inclui ainda The Living Planet (1984) e The Trials of Life (1990), esta foi uma das séries mais ambiciosas que a Unidade de História Natural da BBC produziu.
Nos últimos anos, Attenborough tem vindo a narrar alguns episódios das séries BBC Vida Selvagem e BBC Natural World e, actualmente, aos 79 anos, está a trabalhar num novo programa sobre invertebrados, Life in lhe Undergrowth, cuja estreia está prevista para o final deste mês no Reino Unido.

.........................................................................................In Público

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1. De entre as afirmações seguintes, escolha, identificando através da alínea respectiva, a hipótese que corresponde à alternativa correcta.
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1.1. O antecedente do pronome "que" na expressão “que, ao longo de dez anos, permitiu à Unidade…” é:
a) a História Natural;
b) a viagem;
c) a série;
d) a série Zoo Quest.
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1.2. A forma verbal "estabelecer" na expressão permitiu estabelecer está no:
a) futuro do indicativo.
b) imperativo.
c) condicional.
d) infinitivo.
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1.3. "pela" (linha 6) pertence à classe morfológica:
a) dos adjectivos;
b) das conjunções;
c) dos pronomes;
d) das preposições.
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1.4. Na expressão "Pouco depois, Attenborough escreveu e apresentou um dos seus programas mais populares, Life on Ealth (1979), que foi visto por aproximadamente 500 milhões de pessoas em todo o mundo." (linhas 14-16), a expressão sublinhada é:
a) uma frase subordinada adjectiva relativa com antecedente explicativa finita;
b) uma frase substantiva completiva não finita participial;
c) uma frase subordinada adjectiva relativa com antecedente restritiva finita;
d) uma frase subordinada adverbial causal finita.
.....
In Preparação para Testes e Exame Nacional de Português 12.º, Sebenta Editora (Adaptação)

Proposta de teste - Ricardo Reis

Uns, com os olhos postos no passado,
Vêem o que não vêem; outros, fitos
Os mesmos olhos no futuro, vêem
O que não pode ver-se.

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Porque tão longe ir pôr o que está perto –
A segurança nossa? Este é o dia,
Esta é a hora, este o momento, isto
É quem somos, e é tudo.
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Perene flui a interminável hora
Que nos confessa nulos. No mesmo hausto
Em que vivemos, morreremos.
Colhe O dia, porque és ele.

...............................................Ricardo Reis
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Após a leitura atenta do poema Uns, com os olhos postos no passado, responda às seguintes questões de forma clara e correcta:
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1. Divida o poema em partes lógicas, apontando o assunto de cada uma delas.
2. Refira o tempo que o sujeito poético valoriza, comprovando a sua resposta com elementos textuais.
3. Indique a filosofia de vida proposta pelo sujeito poético. Justifique a sua resposta com expressões do texto.
4. A perfeição do estilo clássico pode justificar-se pela utilização de recursos estilísticos.
4.1. Identifique dois recursos estilísticos, apontando a seu valor expressivo.
5. Destaque do poema duas características deste heterónimo de F. Pessoa.
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Grupo II
Portugal foi verdadeiramente, durante muito tempo, ao longo da Antiguidade e de quase toda a Idade Média, o fim do mundo (...). E isto teria, no essencial, forçosamente determinadas consequências, como muito bem mostrou Orlando Ribeiro, em dois sentidos, afinal contraditórios.
Por um lado, no sentido do isolamento: não raras vezes, inovações e correntes culturais, provenientes dos principais centros europeus, foram chegando com atraso até Portugal, mais ainda do que à Península Ibérica no seu todo, ficando o país como que marginalizado relativamente à evolução que ocorria para além das suas fronteiras terrestres e, sobretudo, para além dos Pirenéus. Claro que seria simplista explicar este fenómeno unicamente pela posição, (...) mas não há dúvida de que se trata de um factor cujos efeitos foram sensíveis e perduraram até hoje, (...).
Mas, por outro lado, a posição geográfica de Portugal reflecte-se também em sentido oposto: numa tendência ou vocação dos seus habitantes para estabelecerem e consolidarem relações distantes através do mar. Parece inegável que para isso contribuíram os condicionamentos favoráveis desta parcela de terra projectada pelo Atlântico, no sentido da abertura de relações por via marítima, as quais se esboçaram desde cedo e culminaram, nos tempos modernos, com a fixação de amplos circuitos comerciais, através dos quais foram entrando em contacto diversas e longínquas regiões do mundo, que os Europeus pouco ou nada conheciam até ao começo do século XV. (...) Nesta faceta do significado geográfico da posição de Portugal, há que tomar em conta também os arquipélagos da Madeira e dos Açores. Ambos constituíram desde cedo escalas importantes nas grandes rotas oceânicas. E quando tais escalas perderam valor ou se tornaram desnecessárias, o segundo, mais ou menos a meio caminho entre a América do Norte e a Europa, em pleno oceano Atlântico, funcionou durante algum tempo como ponto de apoio imprescindível nas ligações aéreas iniciais que faziam contactar os dois continentes. Os progressos técnicos permitiram que, a breve trecho, aquelas se fizessem directamente. Mas os Açores conservaram valor estratégico considerável, que, em caso de tensão ou conflito internacional, se tem evidenciado até à actualidade.
Carlos Alberto Medeiros, "Um Preâmbulo Geral", in Carlos Alberto Medeiros (dir. Geografia de Portugal, vol. 1, Lisboa, Círculo de Leitores, 2005
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1. Para cada um dos quatro itens que se seguem (1.1., 1.2., 1.3., 1.4.) escreva, na sua folha de prova, a letra correspondente à alternativa correcta, de acordo com o sentido do texto.
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1.1. A afirmação “Portugal foi verdadeiramente (…) o fim do mundo”(linhas 1 e 2) significa que, nos períodos históricos referidos – Antiguidade e Idade Média -, Portugal era um espaço
a) visto como um lugar terrível e ameaçador.
b) situado num dos limites do mundo conhecido.
c) envolvido permanentemente em desordens.
d) desprovido de quaisquer meios de comunicação.
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1.2. A partir do século XV, a abertura de relações, por via marítima, com “diversas e longínquas regiões do mundo” (linha 20)
a) constitui um novo e grave factor de marginalização de Portugal na Europa.
b) deriva da intensificação das comunicações entre Portugal e o resto da Europa.
c) decorre da iniciativa dos grandes centros europeus situados além-Pirenéus.
d) resulta da acção de Portugal, dada a sua situação junto do oceano Atlântico.
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1.3. O antecedente de “aquelas” (linha 27) é
a) “relações por via marítima” (linha 16).
b) “grandes rotas oceânicas” (linha 22).
c) “tais escalas” (linha 23).
d) “ligações aéreas” (linha 26)
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1.4. O significado da expressão “não raras vezes” (linha 5) é
a) frequentemente.
b) esporadicamente.
c) muito raramente.
d) em nenhuma ocasião.
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2. Neste item, faça corresponder a cada um dos quatro elementos da coluna A um elemento da coluna B, de modo a obter afirmações verdadeiras. Escreva, na sua folha de respostas, ao lado do número da frase, a alínea correspondente.

GRUPO III .
1. “Eu nunca passo além da realidade imediata
Para além da realidade imediata não há nada.”
.......................................Alberto Caeiro, Poemas, Ed. Ática

..
1.1. Partindo dos versos transcritos e das constantes temáticas da poesia de Caeiro, redija um texto expositivo-argumentativo, de 100 a 200 palavras, onde aborde a relação desse heterónimo pessoano com o mundo.Apresente o plano-guia do seu texto.

Frase Simples e Frase Complexa

Cada coisa a seu tempo tem seu tempo.
Não florescem no Inverno os arvoredos,
Nem pela primavera
Têm branco frio os campos.
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À noite, que entra, não pertence, Lídia,
O mesmo ardor que o dia nos pedia.
Com mais sossego amemos
A nossa incerta vida.
(…)
E assim, Lídia, à lareira, como estando,
Deuses lares, ali na eternidade,
Como quem compõe roupas
O outrora compúnhamos
.
Nesse desassossego que o descanso
Nos traz às vidas quando só pensamos
Naquilo que já fomos,
E há só noite lá fora.
Excerto de um poema de Ricardo Reis

1. Identifique e classifique as frases da primeira estrofe.
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
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2. Atente na segunda estrofe e faça corresponder às frases as classificações correctas das mesmas.
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1. À noite não pertence, Lídia,...........A). Frase subordinada adjectiva relativa
o mesmo ardor.......................................com antecedente explicativa finita.
.
2. que entra......................................B). Frase Subordinante
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3. que o dia nos pedia.......................C). Frase simples finita

.
4. Com mais sossego amemos...........D). Frase subordinada adjectiva relativa
a nossa incerta vida.............................. com antecedente restritiva finita.
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3. Atente nas duas últimas estrofes e classifique as seguintes frases:
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A) E assim, Lídia, à lareira, o outrora compúnhamos nesse desassossego
______________________________________________________________
.
B) como estando, Deuses lares, ali na eternidade

______________________________________________________________
.
C) Como quem compõe roupas

______________________________________________________________
.

D) que o descanso nos traz às vidas
______________________________________________________________
.
E) quando só pensamos naquilo
__________ ____________________________________________________
.

G) que já fomos,
______________________________________________________________
.
H) E há só noite lá fora
______________________________________________________________


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sábado, novembro 17, 2007

Álvaro de Campos

Os desabafos de Álvaro de Campos

“Sou demasiado amigo de Fernando Pessoa para dizer bem dele sem me sentir mal: a verdade é uma das piores hipocrisias a que a amizade obriga.”

“O Super-homem será, não o mais forte mas o mais completo!O Super-homem será, não o mais duro, mas o mais complexo!O super-homem será, não o mais livre, mas o mais harmónico!Proclamo isto bem alto e bem no auge, na barra do Tejo, de costas para a Europa, braços erguidos, fitando o Atlântico e saudando abstractamente o infinito!”

“Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.”

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Outras páginas interessantes
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Ricardo Reis

Os Pensamentos de Ricardo Reis

"Para ser grande sê inteiro: nada teu exagera ou exclui.Sê todo em cada coisa. Põe quanto és no mínimo que fazes.Assim em cada lago a lua toda brilha,porque alta vive."

"Aos deuses peço só que me concedam O nada lhes pedir"

"Quer pouco: terás tudo.
Quer nada: serás livre."
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Material de Estudo
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quinta-feira, novembro 15, 2007

Alberto Caeiro

As palavras de Caeiro

"Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora; e um sonho do que poderia ser se a janela se abrisse, que nunca é o que se vê quando se abre a janela"

“Passou a diligência pela estrada, e foi-se; E a estrada não ficou mais bela, nem sequer mais feia. Assim é a acção humana pelo mundo fora. Nada tiramos e nada pomos; passamos e esquecemos; E o sol é sempre pontual todos os dias."

"Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples.
Tem só duas datas - a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra todos os dias são meus."

“Pouco me importa.

Pouco me importa o quê? Não sei: pouco me importa.”
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Material de estudo
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Outras páginas interessantes
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segunda-feira, novembro 12, 2007

Produto Multimédia

A heteronomia lança um desafio à blogurma:

1. Cada um dos blogs (cada equipa que constitui o blog) deverá escolher um poema dos heterónimos de Fernando Pessoa e seleccionar um conjunto de imagens e uma música adequados à composição poética escolhida.

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2. Este trabalho consistirá na associação de texto, imagens e música, devendo ser apresentado em power point ou movie maker (ou qualquer outro programa compatível) até ao dia 25 de Novembro de 2007.
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3. Com este trabalho, os docentes pretendem avaliar a capacidade dos alunos para estabelecer relações de sentido entre o texto, a imagem e a música. Além disso, servirá, ainda, para verificar a capacidade dos alunos trabalharem em grupo.
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A "Feira de Castro" vai a votos

A heteronomia lança um desafio à blogurma:



1. Todos os alunos deverão escolher a melhor produção escrita sobre a “Feira de Castro”, ou seja, o melhor texto ao nível do conteúdo (temático) e da forma (estilístico).

2. Esta votação deverá ser apresentada na secção dos comentários do texto escolhido, até ao dia 19 de Novembro de 2007, com a seguinte forma: “Eu considero que esta é a melhor produção escrita” (ou outra expressão de conteúdo semelhante), assinado pelo autor da missiva.

3. Esta votação servirá para escolher o melhor texto a ser publicado num dos órgãos informativos regionais e será utilizada pelos docentes para avaliarem a capacidade dos alunos identificarem um texto com qualidade temática e estilística.

N.B.: A publicação do texto só será feita se o autor o autorizar.

quinta-feira, outubro 25, 2007

Uma pequena ajuda - os valores dos articuladores /conectores. (façam um clique sobre a imagem para verem melhor)


Proposta de trabalho n.º 3

Perguntas - tipo do GRUPO I

Não sei se é sonho, se realidade,
Se uma mistura de sonho e vida,
Aquela terra de suavidade
Que na ilha extrema do sol se olvida.
É a que ansiamos. Ali, ali
A vida é jovem e o amor sorri.

Talvez palmares inexistentes,
Áleas longínquas sem poder ser.
Sombra ou sossego dêem aos crentes
De que essa terra se pode ter.
Felizes, nós? Ah, talvez, talvez,
Naquela terra, daquela vez.

Mas já sonhada se desvirtua,
Só de pensá-la cansou pensar,
Sob os palmares, à luz da lua,
Sente-se o frio de haver luar.
Ah, nessa terra também, também
O mal não cessa, não dura o bem.

Não é com ilhas do fim do mundo,
Nem com palmares de sonho ou não,
Que cura a alma seu mal profundo,
Que o bem nos entra no coração.
É em nós que é tudo. É ali, ali,
Que a vida é jovem e o amor sorri.

- Fernando Pessoa -

Depois de uma leitura atenta, responda, de forma clara e correcta, às questões que se seguem.
1. Para caracterizar o sonho, o sujeito poético utiliza múltiplos símbolos. Assinale a alínea que considera correcta.
a) "terra de suavidade", "Áleas longínquas", "sossego" e "ilhas do fim do mundo".
b) "terra de suavidade", "Áleas longínquas", "palmares" e "ilha extrema do Sul".
c) "nesta terra", "Áleas longínquas", "coração" e "palmares".
d) "terra de suavidade"', "palmares", "ilhas do fim do mundo" e "ilha extrema do Sul".

2. Divida o texto nos seus momentos lógicos, justificando a sua proposta.

3. “O sujeito lírico revela a sua descrença na existência do mundo paradisíaco.”
3.1. Comprove esta afirmação com expressões textuais.

4. O sentido do advérbio "Ali" na última estrofe aufere um sentido diverso do que havia assumido na primeira.
4.1. Explicite-o.
4.2. Diga como o sujeito poético revela conhecer o local da felicidade e como conscientemente a dúvida sucedeu à certeza.

5. Indique três recursos expressivos presentes no poema e comente o seu valor.

6. Explicite a importância do conector "Mas", no contexto global do poema.

7. Refira, agora, o tema do poema.

8. "Só de pensá-la cansou pensar" (v.14)
8.1. Num texto de 100 a 200 palavras, comente o verso transcrito fazendo uma analogia com outros poemas estudados.



Perguntas-tipo do GRUPO III

1. Apresente o plano-guia da seguinte proposta de produção escita:
2. Num texto bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas palavras, apresente uma reflexão sobre aquilo que é afirmado no excerto a seguir transcrito, relativamente à influência da arte nas pessoas. Para fundamentar o seu ponto de vista, recorra, no mínimo, a dois argumentos, ilustrando cada um deles com, pelo menos, um exemplo significativo.

Nós também somos «feitos» pelos livros que nos marcaram, pelos
filmes que vimos e pelas músicas de que gostamos.

Manuel Gusmão, «As Palavras Fazem o Mundo», in Ler, n.º 54, 2002

Observações
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (ex.: /dir-se-ia/). Qualquer número conta como uma única palavra, independentemente dos algarismos que o constituam (ex.: /2007/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados – um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas palavras –, há que atender ao seguinte:
– a um texto com uma extensão inferior a oitenta palavras é atribuída a classificação de 0 (zero) pontos;
– nos outros casos, um desvio dos limites de extensão requeridos implica uma desvalorização parcial (até cinco pontos) do texto produzido. (in exame de Português 2007 - 2.ª fase)
Adaptação do "Preparação para testes e Exame Nacional de Português" da Sebenta Editora

Proposta de trabalho n.º 2

Perguntas tipo do GRUPO I
Lê o texto com atenção e responde ás questões propostas:

A minha vida é um barco abandonado
Infiel, no ermo porto, ao seu destino.
Por que não ergue ferro e segue o atino
De navegar, casado com o seu fado?

Ah! falta quem o lance ao mar, e alado
Torne seu vulto em velas; peregrino
Frescor de afastamento, no divino
Amplexo da manhã, puro e salgado.

Morto corpo da acção sem vontade
Que o viva, vulto estéril de viver,
Boiando à tona inútil da saudade.

Os limos esverdeiam tua quilha,
O vento embala-te sem te mover,
E é para além do mar a ansiada Ilha.

Fernando Pessoa


1. Identifica os recursos expressivos presentes nos dois primeiros versos e explicita o seu contributo para a construção de sentidos no poema.
1.1. Comenta o valor expressivo da interrogação.
1.2. Identifica aquilo de que o sujeito poético parece ter abdicado, referindo a lacuna que detecta em si próprio.

2. Comenta o valor expressivo da caracterização do "corpo" presente na 3.ª estrofe.
2.1. Explicita o contributo da forma verbal “Boiando" para o sentido da estrofe.

3. Identifica a figura de estilo que, na 4.ª estrofe, veicula a estagnação interior do sujeito.

4. Demonstra que este poema exemplifica o efeito paralisante da auto-análise característica da poesia de Fernando Pessoa ortónimo.

5. Analisa os aspectos formais do poema (composição estrófica, métrica e rima).

6. Num texto de cem a cento e vinte palavras, tendo em conta o estudo que fizeste de Fernando Pessoa, justifica o título desta pintura.




Perguntas-tipo do GRUPO II

Lê atentamente o texto:

Surpreendidos pelo fenómeno literário insólito de uma constelação de poetas, reivindicando pela boca do seu criador ou deles mesmos um direito à existência (...), os primeiros intérpretes tentaram tudo o que estava em seu poder para reduzir a estranheza desse desdobramento artístico. Essa redução tomou três direcções principais, mas finalmente complementares: a primeira consistiu em encontrar na vida do Poeta, na sua psicologia real ou suposta, as motivações dessa diversificação em poetas, característica da sua criação literária; a segunda, em mostrar, através da análise de cada um dos poetas que Pessoa pretendeu ser, que a apregoada autonomia não resiste a um exame, nem dos temas, nem das particularidades estilísticas; a terceira, finalmente, reenvia essa estranheza, diagnosticada como simples difracção de um comportamento histórico absurdo característico de uma classe sem futuro inteligível para essa mesma história de que é reflexo. Assim se utilizaram as três perspectivas que, segundo o autor da "Nova poesia portuguesa no seu aspecto psychologico”, se impõem na análise de uma obra: a psicológica, a literária, a sociológica, respectivamente representadas por João Gaspar Simões, Jacinto do Prado Coelho e Mário Sacramento. Por maiores que sejam as diferenças entre elas (...) uma coisa as unifica: mau grado o contributo histórico que cada uma representa e as inúmeras questões que debateram ou resolveram em relação à génese ou interpretação dos poemas, mau grado mesmo a subjectiva vontade de tentar erguer um monumento ao Poeta (salvo Mário Sacramento), tido como "genial", o perfil último que da sua poesia (e mesmo do homem) se destaca é, paradoxalmente, negativo. De uma maneira, por assim dizer, fatal, passou-se insensivelmente do campo da análise da heteronímia ao do seu desmascaramento, já com forte coloração pejorativa e, em seguida, à desmistificação não só do jogo heteronímico como do processo poético que ele estrutura, finalmente submetido a uma espécie de desmistificação. Tudo se passa como se os críticos, inconscientemente, tivessem querido punir Pessoa de ter levado consigo a chave de um labirinto onde eles se perdem.
Eduardo Lourenço, Pessoa Revisitado, Gradiva (texto com supressões)

1. Para cada um dos quatro itens que se seguem, indica a alínea correcta de acordo com o sentido do texto.
1.1. Na opinião do autor, as três linhas de abordagem desenvolvidas pelos primeiros intérpretes da constelação poética pessoana
a) construíram uma visão definitiva, embora incoerente, da obra pessoana;
b) tiveram na sua origem motivações muito díspares;
c) coincidiram na imagem final veiculada sobre o objecto estudado: autor e respectiva obra;
d) seguiram caminhos irreconciliáveis.

1.2. Na opinião do autor, os primeiros estudiosos da obra de Fernando Pessoa
a) uniram-se voluntariamente num desejo consciente de expor a poesia pessoana como uma espécie de jogo que, segundo eles, exigia ser desmascarado;
b) conscientemente tentaram expor a criação pessoa na como uma espécie de farsa;
c) conseguiram manter uma posição crítica imutável ao longo da sua exegese;
d) uniram-se involuntariamente num desejo inconsciente de expor a poesia pessoana como uma espécie de jogo que exigia ser desmascarado.

1.3. A expressão "a primeira " concorre para a organização do discurso ao
a) abrir uma série;
b) estabelecer um contraste;
c) apresentar uma síntese;
d) expandir um conceito.

1.'. A expressão "mau grado" veicula uma conexão
a) de carácter causal;
b) de carácter conclusivo;
c) de carácter consecutivo;
d) de carácter concessivo.
(Adaptado de "Testes de Avaliação / 12.º ano Português", Porto Editora)

Proposta de trabalho n.º 1

Perguntas-tipo do GRUPO I
Lê o texto com atenção e responde ás questões propostas:

Não sei ser triste a valer
Nem ser alegre deveras.
Acreditem: não sei ser.
Serão as almas sinceras
Assim também, sem saber?

Ah, ante a ficção da alma
E a mentira da emoção,
Com que prazer me dá calma
Ver uma flor sem razão
Florir sem ter coração!

Mas enfim não há diferença.
Se a flor flore sem querer,
Sem querer a gente pensa.
O que nela é florescer
Em nós é ter consciência.

Depois a nós como a ela.
Quando o Fado a faz passar,
Surgem as patas dos deuses
E a ambos nos vêm calcar.

'Stá bem, enquanto não vêm
Vamos florir ou pensar.

Fernando Pessoa (1888/1935)

1. De entre as afirmações seguintes, identifique aquela que completa a frase, de acordo com o sentido global do texto.

1.1. Os versos "Não sei ser triste a valer / Nem ser alegre deveras" (w. 1-2) e ':Ah, ante a ficção da alma / E a mentira da emoção" (w. 6-7)
a) associam-se, na medida em que caracterizam a dicotomia sentir/pensar.
b) são complementares, na medida em que ajudam a caracterizar o sujeito poético enquanto ser de emoções fingidas.
c) são antitéticos, na medida em que apresentam estados antagónicos.
d) são complementares, na medida em que ajudam a caracterizar o sujeito poético enquanto ser fragmentado.

1.2. O verso "Mas enfim não há diferença." (v. 11)
a) afirma a semelhança entre o florescer da flor e a consciência humana.
b) permite anular a diferença entre o poeta e as flores.
c) abre caminho para a aproximação entre emoção e razão.
d) nega a diferença entre aquilo que o poeta vê e aquilo que é, enfim, a realidade.

2. Refira, fundamentando-se no poema, o dilema existencial do sujeito poético.

3. Aponte em que medida o sujeito poético se distancia e se aproxima dos outros, clarificando o modo como essa aproximação é construída.

4. Explicite o sentido da quarta estrofe, clarificando a utilização expressiva da linguagem.

5. Aponte o tempo verbal predominante no poema e explique o valor da sua utilização.

6. Explique a conclusão do poema, referindo em que medida ela aponta uma solução para o problema existencial do sujeito poético.


Pergunta-tipo do GRUPO III


1. “A capacidade de superação constante de obstáculos e limitações é um aspecto que caracteriza o ser humano e um tópico que percorre a cultura e a literatura portuguesas.”

Num texto expositivo-argumentativo, de duzentas a trezentas palavras, exponha o seu ponto de vista sobre o tópico em questão, fundamentando-se na sua experiência de leitor. Com o texto da sua dissertação, deverá apresentar o respectivo plano.

Observações:
A) Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen. Qualquer número conta como uma única palavra, independentemente dos algarismos que o constituem.
B) Um desvio dos limites de extensão indicados implica uma penalização até 5 (cinco) pontos do texto produzido.
(Adapatdo de "Exames Resolvidos de Português", Porto Editora)

quarta-feira, outubro 24, 2007

Estrutura do teste de avaliação 30/10/2007


Grupo I - 120 pontos;

Grupo II - 40 pontos;

Grupo III – 40 pontos.



GRUPO I

1. Dois textos poéticos de Fernando Pessoa Ortónimo:

1.º Texto (não analisado na aula)
1.1. Perguntas de interpretação:
A) Explicação de sentidos textuais;
B) Identificação dos sentimentos ou pensamentos expressos pelo sujeito poético;
C) Identificação das seguintes figuras de estilo: metáfora, personificação, antítese, hipérbole, repetição, pergunta retórica, hipálage, sinestesia, enumeração e comparação. (justificando o seu valor expressivo);
D) Noções de versificação (métrica, tipologia estrófica e rimática);
E) Identificação das características temáticas e estilísticas do ortónimo presentes na composição poética apresentada.

2.º Texto (analisado na aula)
2.1. Questão comparativa entre este texto e o analisado anteriormente.

Grupo II

1. Texto
1.1. Questões sobre funcionamento da língua: articuladores (conectores) do discurso e respectiva classificação;
1.2. Exercício de coesão e coerência textual através de exercícios de substituição.

GRUPO III

1. Produção de um texto expositivo-argumentativo ou de um comentário , de acordo com as directrizes apresentadas.
É obrigatória a apresentação de um plano-guia.

segunda-feira, outubro 22, 2007

Para começar a estudar para o teste

ALGUMAS IDEIAS FUNDAMENTAIS:


• Na poesia do ortónimo coexistem duas vertentes: a tradicional e a modernista. Algumas das suas composições seguem na continuidade do lirismo português, com marcas do saudosismo; outras iniciam o processo de ruptura, que se concretiza nos heterónimos ou nas experiências modernistas.
• A poesia, a cujo conjunto Pessoa queria dar o título Cancioneiro, é marcada pelo conflito entre o pensar e o sentir, ou entre a ambição da felicidade pura e a frustração que a consciência-de-si implica (ex.: «Ela canta, pobre ceifeira»).
• Pessoa procura, através da fragmentação do eu, a totalidade que lhe permita conciliar o pensar e o sentir.
• O interseccionismo entre o material e o sonho, a realidade e a idealidade surge como tentativa para encontrar a unidade entre a experiência sensível e a inteligência.
• O ortónimo tem uma ascendência simbolista evidente desde os tempos de Orpheu e do Paulismo (ex.: Impressões do Crepúsculo).
• A poesia do ortónimo revela a despersonalização do poeta fingidor que fala e que se identifica com a própria criação poética, como impõe a modernidade. O poeta recorre à ironia para pôr tudo em causa, inclusive a própria sinceridade que, com o fingimento, possibilita a construção da arte.
• As temáticas:
- o sonho; a intersecção entre o sonho e a realidade (ex.: Chuva Oblíqua),
- a angústia existencial e a nostalgia (do Eu, de um bem perdido, das imagens da infância...);
- a distância entre o idealizado e o realizado - e a consequente frustração ("Tudo o que faço ou medito");
- a máscara e o fingimento como elaboração mental dos conceitos que exprimem as emoções ou o que quer comunicar (ex.: Autopsicografia);
- a intelectualização das emoções e dos sentimentos para elaboração da arte;
- tradução dos sentimentos na linguagem do leitor, pois o que se sente é incomunicável.



segunda-feira, outubro 15, 2007

OUTUBRO é o mês da FEIRA DE CASTRO.

« De 19 a 21, a luz de Outono ilumina as gentes que se cruzam, neste encontro ao Sul. Aquele, que ao longo dos anos “tem movido esta romaria de gente embalada pela cadência do Outono." Junte ao passeio o cheiro do polvo assado, o toque suave do algodão doce, mas também o cante alentejano, o som da Campaniça, o ar de festa das filarmónicas.” »
In
http://www.inesting.org/castroverde/ (site oficial do município de Castro Verde)

A heteronomia lança um desafio à blogurma:
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1. Cada um dos alunos deve produzir um texto de reflexão, fotografando com palavras a feira de Castro, sentindo-lhe os odores, os sabores, as cores e os sons (200 – 300 palavras);
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2. O texto deve ser acompanhado do plano-guia;
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3. Os alunos que desejarem poderão acompanhar o seu texto de reflexão com imagens (fotografias ou vídeos), mas que deverão estar directamente relacionadas com o próprio texto.
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4. Este trabalho (plano-guia e texto de reflexão) deverá ser publicado em cada blog até 5 de Novembro e estar devidamente assinado.
.
5. Deverá estar devidamente indicada o tipo de texto de reflexão utilizado.

Os textos de reflexão poderão ser:

· Artigo de Apreciação crítica. A crítica apresenta-se como uma actividade reflexiva, que implica observação, análise e apreciação judicativa sobre um assunto.

· Comentário. Considera-se comentário a interpretação e a explicação que se dá a frases, actos ou acontecimentos. Permite dar conta, de forma reflectida, do assunto de um acontecimento e tomar posição sobre o mesmo.

· Exposição:
a) Texto informativo-expositivo – tem por finalidade a transmissão de informações e indicações que digam respeito a factos concretos ou referências reais.
b) Texto expositivo-argumentativo – procura defender uma tese, apresentando dados e exemplos que a confirmem.

· Dissertação. É uma exposição minuciosa de um assunto, geralmente doutrinário, tendo por objectivo a sua defesa, ataque ou questionamento.

segunda-feira, outubro 08, 2007

A heteronomia informa a Blogurma


Em todos os blogs dos discentes devem constar:

1.º Os nomes dos autores do respectivo blog (de forma visível);

2.º Um texto de apresentação do blog, com a justificação para a escolha do nome;

3.º Uma síntese dos trabalhos individuais apresentados na aula sobre as diferentes correntes estéticas do início do século XX (devidamente assinados e com identificação das fontes de pesquisa). Nota bem: exemplos de pinturas, esculturas ou poemas enriquecem a apresentação.

4.º Texto criativo “Ser Pessoa”, assumindo o estilo, o sentir e o pensar de Fernando Pessoa Ortónimo. Nota bem: o título do texto é de escolha livre.


Muito Importante: Os professores estão impressionados com a dinâmica de alguns blogs. Todo o material-extra que colocarem nos blogs deve ser adequado, oportuno e pertinente, sempre acompanhado de um texto que justifique a “postização” do mesmo.

P.S.: Quando a Internet estiver operacional na escola, começará a avaliação qualitativa de todos os blogs e “posts” individuais.

quarta-feira, setembro 26, 2007

“O que quer Orpheu?


— Criar uma arte cosmopolita no tempo e no espaço. A nossa época é aquela em que todos os países, mais materialmente do que nunca, e pela primeira vez intelectualmente, existem todos dentro de cada um, que a Ásia, a América, a África e a Oceânia são a Europa, e existem todos na Europa. Basta qualquer cais europeu — mesmo aquele cais de Alcânta­ra — para ter ali toda a terra em comprimido (...) Por isso a verdadeira arte moderna tem que ser maximamente desnacionalizada — acumular dentro de si todas as partes do mundo. Só assim será tipicamente moderna (...) E feita esta fusão espontaneamente, resultará uma arte‑todas‑as‑artes, uma inspiração espontaneamente complexa.”


Fernando Pessoa, in “Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação”

terça-feira, setembro 25, 2007

O nome do blog não é uma gralha


Heteronomia, segundo o dicionário da Porto Editora, é a situação daquele que recebe passivamente de outrem a lei que o governa ou que está sujeito a forças que escapam à sua vontade livre e racional.

Imperdível


Um imagem vale umas quantas palavras

Eu e Tu,

Tu e Eu,

Nós os Dois,

Os Dois aos Nós.